Por Valmir Santos
Em seus sete anos, a Mostra Cena Breve Curitiba - A Linguagem dos Grupos de Teatro construiu um diálogo efetivo com os criadores das artes cênicas mobilizados pela vontade de pesquisa. Todos os núcleos locais inscritos nesta edição, testemunhamos, não participam por tabela. Idem para os trabalhos vindos de outras paragens. Cada um encerra a sua singularidade e argumenta com muita convicção as proposições estéticas e conceituais abraçadas. Melhor: sem perder a capacidade de escutar e enfrentar contradições até mesmo para assumi-las.
Outro aspecto relevante é o da recepção: o público não é formado apenas por aqueles vinculados aos criadores, despertados naturalmente pelas pesquisas cênicas, mas também pelo cidadão comum instigado a fruir o teatro com mais curiosidade. O espaço para a reflexão na roda de debates, a cada manhã seguinte, ou os escritos partilhados neste blog são instâncias abertas de afirmação da troca de percepções entre os artistas, os organizadores e, sobretudo, os espectadores no encontro ao vivo.
Particularmente, sublinho o privilégio da convivência com as sensibilidades da figurinista Amábilis de Jesus, da atriz e dramaturga Lucienne Guedes e do dramaturgo, diretor e performador Fernando Villar, todos eles pedagogos cúmplices e militantes. Simbiose assim só vem com atitudes artísticas e políticas que não faltam à CiaSenhas. Evoé!
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