Foto: Elenize Dezgenisk
Texto: Daniel Schenker
Mais do que a referência a Édipo, que permanece algo nebulosa no decorrer da cena, Prólogos suscita interesse por se inscrever no que parece ser uma das tendências do teatro contemporâneo: a tentativa de imprimir uma fala em primeira pessoa e a necessidade, quase que imediata, de recuar diante de uma exposição de risco. Em determinado momento, os atores da Companhia Subjétil (Patrícia Cipriano, Rafael Di Lari e Lucas Buchile) se identificam como indivíduos sem, porém, enveredar pelo pantanoso terreno da esfera pessoal.
Não demora para os atores chamarem atenção para o fato de que todos têm as suas histórias, as suas próprias especificidades. As diferenças, portanto, servem de nivelamento, de ponto de equivalência. Uma problemática já realçada por importantes teóricos e encenadores, determinados a pesquisar o psiquismo e a encontrar uma estrutura comum, uma espécie de fio invisível que une todos os seres humanos. Sob a perspectiva do ator, porém, pode servir de argumento para aliviar o grau de exposição, uma vez que esvazia a relevância do desnudamento (revelação) pessoal.
De qualquer maneira, a discussão permanece em pauta no jogo de verdadeiro ou falso que os atores protagonizam, envolvendo os espectadores, e no líquido vermelho, imagem de sangue artificial, que burrifam uns nos outros, enquanto ultrapassam as fronteiras do espaço aberto onde se apresentam para incluir a cidade.
Mais do que a referência a Édipo, que permanece algo nebulosa no decorrer da cena, Prólogos suscita interesse por se inscrever no que parece ser uma das tendências do teatro contemporâneo: a tentativa de imprimir uma fala em primeira pessoa e a necessidade, quase que imediata, de recuar diante de uma exposição de risco. Em determinado momento, os atores da Companhia Subjétil (Patrícia Cipriano, Rafael Di Lari e Lucas Buchile) se identificam como indivíduos sem, porém, enveredar pelo pantanoso terreno da esfera pessoal.
Não demora para os atores chamarem atenção para o fato de que todos têm as suas histórias, as suas próprias especificidades. As diferenças, portanto, servem de nivelamento, de ponto de equivalência. Uma problemática já realçada por importantes teóricos e encenadores, determinados a pesquisar o psiquismo e a encontrar uma estrutura comum, uma espécie de fio invisível que une todos os seres humanos. Sob a perspectiva do ator, porém, pode servir de argumento para aliviar o grau de exposição, uma vez que esvazia a relevância do desnudamento (revelação) pessoal.
De qualquer maneira, a discussão permanece em pauta no jogo de verdadeiro ou falso que os atores protagonizam, envolvendo os espectadores, e no líquido vermelho, imagem de sangue artificial, que burrifam uns nos outros, enquanto ultrapassam as fronteiras do espaço aberto onde se apresentam para incluir a cidade.
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