Foto: Elenize Dezgenisk
Texto: Daniel Schenker
As chaves de leitura de Lua de Mel, cena da Cia. da Casa, são previamente anunciadas ao espectador. Um casal senta, de frente para o público, sobre caixas que guardam roupas de criança – evidência do funcionamento infantilizado da relação que será descortinada diante do público nos minutos seguintes. O fato de ambos se mostrarem sorridentes remete, de imediato, à euforia vazia que impera naquele relacionamento descrito em texto adaptado de original de Dorothy Parker.
Os atores (Luiz Lucena e Maíra Weber) se valem de uma gesticulação excessivamente cotidiana. Suas atuações parecem limitadas ao âmbito da fala, ainda que Lucena projete, em alguma medida, a imagem de um corpo cansado, abandonado. Há, em todo caso, uma tendência a desenhar as modulações emocionais dos personagens – ela, da euforia à revolta e ele, da apatia à catarse – a partir de uma intensidade exteriorizada.
Os atores (Luiz Lucena e Maíra Weber) se valem de uma gesticulação excessivamente cotidiana. Suas atuações parecem limitadas ao âmbito da fala, ainda que Lucena projete, em alguma medida, a imagem de um corpo cansado, abandonado. Há, em todo caso, uma tendência a desenhar as modulações emocionais dos personagens – ela, da euforia à revolta e ele, da apatia à catarse – a partir de uma intensidade exteriorizada.
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